We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.

CYBORGIAS

by Leo Fazio

/
  • Streaming + Download

    Includes unlimited streaming via the free Bandcamp app, plus high-quality download in MP3, FLAC and more.
    Purchasable with gift card

      $7 USD  or more

     

1.
Nós descalços estirados em queda E estilhaços vão sujando O chão De cabeça Olha a sujeira É sexta-feira Cobre tragédia porque eu não quero olhar Cair, agonizar, como se fosse máquina Atrapalhando o tráfego com lágrima E naufragar Já não tenho idéia De quem era aquela que pulou Será que foi porque nasceu seu filho sem sonho e esperança De uma vida bela, cheia de alegria com graça e amor Infelizmente não tem nem mais pão E o sonho? Faz tempo acabou O recado não foi dado, que pena Foi culpa do suicida que não aguentava mais tanta treta Sobrevivia Não via o céu Não foi feliz O filho perdeu, a casa também, num deslizar Agora via o céu mas nem tem mais porque olhar Já que não viveu, ao menos morreu como Godard Já que eu tenho idéia De quem era aquele que pulou Será que foi porque assim como eu e você, viveu e tentou? Uma vida bela, cheia de alegria com graça e amor Infelizmente não tem nem mais pão E o sonho? Faz tempo acabou
2.
Sonhos direitos Vontades desejos Saudades não tenho De um velho normal Foi mais do mesmo Adeus, sentimento Verdade é sincera e às vezes fatal Subir na vida é cais cais cais Quedas feias de acreditar Desiludir dia sim, dia sim, dia sim, dia sim De manhãzinha uma trincheira De noite um vício, bem ou mal É urubu batendo asa E caranguejo não se aguenta Dizendo que se iludir pra voar é uma moleza E até pensa que que voou na bosta do seu quintal Que nega em admitir que se está fazendo o mal Na crença, que credo em cruz, carrega contradição Carapaça é pra quem tá comendo resto do chão Carapuça não vai mais bater asa, não vai não Sonho e desejo Adeus percevejo Verdade é um segredo normal A laranjinha cai do pé para quem quiser chupar Se dividirmos entre nós, Assim todo mundo com banana, sopa e acarajé De manhãzinha poder comer e sobra pra depois Me come inteira, a fome em desilusão Tem vida própria de perigo estatal E debaixo do braço leva carne e osso Vende a constituição no mercado municipal Quando vai mudar? Quando vai mudar? Será que tá de boa só esperar, respirar, expirar? Tá lambendo vira-lata Tá pulando pirueta Com cheiro de pedigree que carrega várias treta Que de dia vem aí, dizendo que tem cabeça Que de noite, faz-me-rir De chora, ninguém aguenta E tá tá tá, e té té té E piriri, e pororó Veja só, quem mora alí não carrega a mesma dó Na mansão de mea culpa Carapuça de sonhos letais
3.
Maracutaia 03:36
Quê que aconteceu? Que acontece de novo? No horizonte vejo tudo errado Lentamente vamos desencontrando os fatos Facilmente vamos entregando os dados De uma vida inteira Maravilha é a espera de que um dia cai do céu Carícia empresarial Bate o ponto com pólvora, vai pro banheiro e finge que vai cagar Então saia, saia, saia Trinta ou vinte minuto um pouco mais cedo Pois olha, nem precisa se preocupar Com esse teu banco de hora Tu pode até viajar para Paraty E até sobra muita hora pra sonhar Sonhar mais, sonhar mais Só que o teu gerente não disse quando a folga cai Bate o ponto com folga Pega e afoga o patrão que vem cobrar Vai pra praia, praia praia praia praia Antes que o banco de hora deposite a vida Na rotina, na latrina de um paraíso fiscal Na cueca suja neo liberal Que adoece a mente do trabalhador Meu doutor, isso não se faz Dizer que negocia sem CLT Essa eu quero ver Quem desfaz Armadilha em forma de lei Mentira pra manter o rei empresarial Lavagem cerebral Tá todo mundo suscetível, vulnerável Eu, você e a vovó O vovô também Meu pai, já nem sei Vem vamos embora, Que quem espera vira suco de maracutaia Quem não poupa tempo amanhece bem Tomara que caia essa maracutaia
4.
Watch my step while I’m falling over the circumstance It’s all underneath the sands of a broken time Despair of a portable charger Displaying fantasies of polkadot blame-streets And turtle neck turds at third world dead paradises Get silicon in your eyes Look a bit tired You can afford a ride now to live beyond the mind Tricked by demand It look a bit sad now, But I bet the next time Jesus comes He’ll be sold for Bitcoin price Watch my step while I’m concentrating to have at last Some serotonin In line for a phone call For a free trial For a post-porn free cadilac On the back of mother virtual reality Little bit of mad puppets At the gates of modern pleasure dichotomy Talking wise inside texts out of context politically Turning down the fellow person for a piece of pocket-fueled unpleasantry Wait, so alone, in line, Taken by surprises of epistrophy A novelty applied Even though we know sometimes That we lost control Watch my step, Now I’m falling down, I’ve lost my stance Collecting pieces of me E eu sei, não dá pra voltar Yo no puedo más Contener la verdad Eu sinto muito Anxiety plus 5!
5.
Se o senhor não está lembrado Dá licença de contar Que aqui onde agora está Esse "adifício" alto Era uma casa velha Um palacete abandonado Foi aqui, seu moço Que eu, Mato Grosso e o Joca Construímos nossa maloca Mas um dia, nem quero me lembrar Veio os homens com as ferramentas O dono mandou derrubar Peguemo tudo as nossas coisas E fumos pro meio da rua Apreciar a demolição Que tristeza que eu sentia Cada "táuba" que caia Doia no coração Mato Grosso quis gritar Mas em cima eu falei: "Os homens tá com a razão Nós arranja outro lugar!" Só se conformemos quando o Joca falou: "Deus dá o frio conforme o cobertor" E hoje nóis pega páia nas grama do jardim E pra esquecer, nóis cantemos assim: Saudosa maloca, maloca querida Dim dim d'onde nóis passemo os dias feliz' de nossa vida Saudosa maloca, maloca querida Dim dim d'onde nóis passemo os dias feliz' de nossa vida Saudosa maloca, maloca querida Dim dim d'onde nóis passemo os dias feliz' de nossa vida Saudosa maloca, maloca querida Dim dim d'onde nóis passemo os dias feliz' de nossa vida
6.
Ya no queda el tiempo Dentro de este siglo Contamina el viento Totalmente el dicho Sin ganancias viene Libertad con hilos Que entre todas mentes Calienta el ventrículo Vengo hasta tus ojos Reflejan tus vicios Tan llenos de vida Vida sin suspiros Basta de dolor Real no hay fuga Que hacer entonces Si tampoco hay cura Para el muerto vivo Perros del control Cerdos del destino Determina el rol De un mundo feliz Admirable cuento Tan vacíos de signo Cabezas de viento Que asesina el ritmo Esclavos del tiempo Si no hay más fuga Listo, no me quedo Ya no hay más dudas No, ni en pedo Miro al edifício Y yo saltó, mundo abajo, incorrecto trago, distrajo Ni sé quien soy Me voy Quizás no soy Me voy Y yo saltó, mundo abajo, incorrecto trago, distrajo Ni sé quien soy Me voy
7.
Morte, ai de mim, me conduz Diante de indescritível luz Com seu beijo, ectoplasma e o amor Click, Cleck, desmembrando meu corpo no chão O meu sangue é só seu Midnight o’Clock Chupe o que restou de mim De foice e disfarce Morcego hematófago e um beijo fatal Belíssimas presas Me come, explora meu tronco Destroçando sangue Língua bumerangue Atravessa de vez quem eu sou Sem dó Picante me avisa batiza meu ser em você, e só Morte, ai de mim, me conduz Diante de indescritível luz Com seu beijo, ectoplasma e o amor Indubitável palíndromo ama eternamente Adverte a sintaxe crendeuspai Bala de prata não mata, distrai Complexo dipirona inverso vampirôniclésio Nosferatu sentindo demais
8.
Wish I had the blueprint for processing pain But most of the cinema got under my eyes The causes of cynical laws, they won’t let me do the Cha-Cha The salsa under the moonlight And now tell me how naive they are For embracing a battle armed with nothing but sharp-words and teeth That look like they spent the night hovering Mulholland Drive With a pair of parasites Gazing at glazing stars that represents the downfall of a nation Of a nature Of splendid fornication Their applauded rehab for addicted brain salami For the mask of tele-phony Don’t ask if I have courage to tell them The secret line That they are free They’re free They’re free Impossible to hide unless you got chains on your own mind Intertangled sanity Disguised as fun TV Or cell phones made of me Of me Of me Of me Wish I had the blueprint for processing pain But most of the clinical lies denies The causes of cynical laws, they won’t let me do the Cha-Cha The salsa Under the moonlight Wish I had more ketchup for this perfect insane Reality that eats us with mayonnaise pride disgusting, obnoxious, it’s all fake We’re eating pasta with salsa made of sore eyes Made of our pride Maybe next time we have more clarity
9.
A poem by Hernán Gustavo.

about

Leo Fazio [they/them] (b. São Paulo, Brazil 1992) is a musician and performer who works across a broad spectrum of experimental music idioms. Their first record Sangue Pisado & a Música do Século XXI was described as a "music of a 21st century body" and second, Paranoia, as “a dense and intense album, magnificent” by Portuguese newspaper Jornal Público.

Fazio’s third and forthcoming album, CYBORGIAS, embraces cyber-punk aesthetics with noisy soundscapes. Fazio’s third release mirrors troubled city life with lyrics about mental health and an album cover based on the design of the Rivotril package–a medication often prescribed for anxiety and panic disorders. It is music alive in the uncertainty of the cage of post-modern Western society, combatting suicidal ideations, labor exploitation, social media alienation, poverty and the ills of a technological age. CYBORGIAS encapsulates the transformation of the human into something only resembling the human form. The cyborgy (or cyber-orgy/cyborg-orgy) is the culmination of a new way of living: the thriving of artificial intelligence over the organic in a battle for survival. Welcome to the virtual reality.

credits

released May 19, 2023

CYBORGIAS was recorded, produced, and mixed – digitally and through VHS – by Fazio in their bedroom in Buenos Aires, Argentina. Crafted in a home studio, the album also features artists from around the globe: Frederico Heliodoro, a Brazilian bassist who plays with Milton Nascimento among other brilliant artists, is featured in “Assim das Idéia”; Portland-based artist,Starly Lou Riggs (and Fazio’s fiancée) sings on “Anxiety PLUS! 5.0” and “Something Wrong In My Mind?” with a guitar cameo in “Bala de Prata Não Mata Vampiro; and for the finale, Argentinian musician, poet, and book artisan Hernán Gustavo recites a poignant poem about a motorcycle accident over the track “Cyborgia No. 00111001 - Orgasmo Antropoceno.”

license

all rights reserved

tags

about

Seloki Records São Paulo, Brazil

label from Brazil.

onda imparável de movimentação na música independente antinostalgia alto
grau de entusiasmo sacação workadelic bandeira DIY

unstoppable wave of movement in independent music anti nostalgia & high enthusiasm level of workadelic expertise DIY flag
... more

contact / help

Contact Seloki Records

Streaming and
Download help

Redeem code

Report this album or account