1. |
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Nós descalços estirados em queda
E estilhaços vão sujando
O chão
De cabeça
Olha a sujeira
É sexta-feira
Cobre tragédia porque eu não quero olhar
Cair, agonizar, como se fosse máquina
Atrapalhando o tráfego com lágrima
E naufragar
Já não tenho idéia
De quem era aquela que pulou
Será que foi porque nasceu seu filho sem sonho e esperança De
uma vida bela, cheia de alegria com graça e amor Infelizmente não
tem nem mais pão
E o sonho? Faz tempo acabou
O recado não foi dado, que pena
Foi culpa do suicida que não aguentava mais tanta treta
Sobrevivia
Não via o céu
Não foi feliz
O filho perdeu, a casa também, num deslizar
Agora via o céu mas nem tem mais porque olhar Já que
não viveu, ao menos morreu como Godard
Já que eu tenho idéia
De quem era aquele que pulou
Será que foi porque assim como eu e você, viveu e tentou? Uma
vida bela, cheia de alegria com graça e amor Infelizmente não
tem nem mais pão
E o sonho? Faz tempo acabou
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2. |
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Sonhos direitos
Vontades desejos
Saudades não tenho
De um velho normal
Foi mais do mesmo
Adeus, sentimento
Verdade é sincera e às vezes fatal
Subir na vida é cais cais cais
Quedas feias de acreditar
Desiludir dia sim, dia sim, dia sim, dia sim De
manhãzinha uma trincheira
De noite um vício, bem ou mal
É urubu batendo asa
E caranguejo não se aguenta
Dizendo que se iludir pra voar é uma moleza E até pensa
que que voou na bosta do seu quintal Que nega em
admitir que se está fazendo o mal Na crença, que credo
em cruz, carrega contradição Carapaça é pra quem tá
comendo resto do chão Carapuça não vai mais bater
asa, não vai não
Sonho e desejo
Adeus percevejo
Verdade é um segredo normal
A laranjinha cai do pé para quem quiser chupar Se
dividirmos entre nós,
Assim todo mundo com banana, sopa e acarajé De
manhãzinha poder comer e sobra pra depois
Me come inteira, a fome em desilusão
Tem vida própria de perigo estatal
E debaixo do braço leva carne e osso
Vende a constituição no mercado municipal
Quando vai mudar?
Quando vai mudar?
Será que tá de boa só esperar, respirar, expirar?
Tá lambendo vira-lata
Tá pulando pirueta
Com cheiro de pedigree que carrega várias treta Que
de dia vem aí, dizendo que tem cabeça Que de noite,
faz-me-rir
De chora, ninguém aguenta
E tá tá tá, e té té té
E piriri, e pororó
Veja só, quem mora alí não carrega a mesma dó Na
mansão de mea culpa
Carapuça de sonhos letais
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3. |
Maracutaia
03:36
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Quê que aconteceu? Que acontece de novo?
No horizonte vejo tudo errado
Lentamente vamos desencontrando os fatos
Facilmente vamos entregando os dados
De uma vida inteira
Maravilha é a espera de que um dia cai do céu
Carícia empresarial
Bate o ponto com pólvora, vai pro banheiro e finge que vai cagar
Então saia, saia, saia
Trinta ou vinte minuto um pouco mais cedo
Pois olha, nem precisa se preocupar
Com esse teu banco de hora
Tu pode até viajar para Paraty
E até sobra muita hora pra sonhar
Sonhar mais, sonhar mais
Só que o teu gerente não disse quando a folga cai
Bate o ponto com folga
Pega e afoga o patrão que vem cobrar
Vai pra praia, praia praia praia praia
Antes que o banco de hora deposite a vida
Na rotina, na latrina de um paraíso fiscal
Na cueca suja neo liberal
Que adoece a mente do trabalhador
Meu doutor, isso não se faz
Dizer que negocia sem CLT
Essa eu quero ver
Quem desfaz
Armadilha em forma de lei
Mentira pra manter o rei empresarial
Lavagem cerebral
Tá todo mundo suscetível, vulnerável
Eu, você e a vovó
O vovô também
Meu pai, já nem sei
Vem vamos embora,
Que quem espera vira suco de maracutaia
Quem não poupa tempo amanhece bem
Tomara que caia essa maracutaia
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4. |
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Watch my step while I’m falling over the circumstance
It’s all underneath the sands of a broken time
Despair of a portable charger
Displaying fantasies of polkadot blame-streets
And turtle neck turds at third world dead paradises
Get silicon in your eyes
Look a bit tired
You can afford a ride now to live beyond the mind
Tricked by demand
It look a bit sad now,
But I bet the next time Jesus comes
He’ll be sold for Bitcoin price
Watch my step while I’m concentrating to have at last
Some serotonin
In line for a phone call
For a free trial
For a post-porn free cadilac
On the back of mother virtual reality
Little bit of mad puppets
At the gates of modern pleasure dichotomy
Talking wise inside texts out of context politically
Turning down the fellow person for a piece of pocket-fueled unpleasantry
Wait, so alone, in line,
Taken by surprises of epistrophy
A novelty applied
Even though we know sometimes
That we lost control
Watch my step,
Now I’m falling down, I’ve lost my stance
Collecting pieces of me
E eu sei, não dá pra voltar
Yo no puedo más
Contener la verdad
Eu sinto muito
Anxiety plus 5!
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5. |
Saudosa Maloca
03:39
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Se o senhor não está lembrado
Dá licença de contar
Que aqui onde agora está
Esse "adifício" alto
Era uma casa velha
Um palacete abandonado
Foi aqui, seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca
Mas um dia, nem quero me lembrar
Veio os homens com as ferramentas
O dono mandou derrubar
Peguemo tudo as nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Apreciar a demolição
Que tristeza que eu sentia
Cada "táuba" que caia
Doia no coração
Mato Grosso quis gritar
Mas em cima eu falei:
"Os homens tá com a razão
Nós arranja outro lugar!"
Só se conformemos quando o Joca falou:
"Deus dá o frio conforme o cobertor"
E hoje nóis pega páia nas grama do jardim
E pra esquecer, nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim d'onde nóis passemo os dias feliz' de nossa vida
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim d'onde nóis passemo os dias feliz' de nossa vida
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim d'onde nóis passemo os dias feliz' de nossa vida
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim d'onde nóis passemo os dias feliz' de nossa vida
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6. |
La Revolución Suicida
03:15
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Ya no queda el tiempo
Dentro de este siglo
Contamina el viento
Totalmente el dicho
Sin ganancias viene
Libertad con hilos
Que entre todas mentes
Calienta el ventrículo
Vengo hasta tus ojos
Reflejan tus vicios
Tan llenos de vida
Vida sin suspiros
Basta de dolor
Real no hay fuga
Que hacer entonces
Si tampoco hay cura
Para el muerto vivo
Perros del control
Cerdos del destino
Determina el rol
De un mundo feliz
Admirable cuento
Tan vacíos de signo
Cabezas de viento
Que asesina el ritmo
Esclavos del tiempo
Si no hay más fuga
Listo, no me quedo
Ya no hay más dudas
No, ni en pedo
Miro al edifício
Y yo saltó, mundo abajo, incorrecto trago, distrajo Ni sé
quien soy
Me voy
Quizás no soy
Me voy
Y yo saltó, mundo abajo, incorrecto trago, distrajo
Ni sé quien soy
Me voy
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7. |
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Morte, ai de mim, me conduz
Diante de indescritível luz
Com seu beijo, ectoplasma e o amor
Click, Cleck, desmembrando meu corpo no chão
O meu sangue é só seu
Midnight o’Clock
Chupe o que restou de mim
De foice e disfarce
Morcego hematófago e um beijo fatal
Belíssimas presas
Me come, explora meu tronco
Destroçando sangue
Língua bumerangue
Atravessa de vez quem eu sou
Sem dó
Picante me avisa batiza meu ser em você, e só
Morte, ai de mim, me conduz
Diante de indescritível luz
Com seu beijo, ectoplasma e o amor
Indubitável palíndromo ama eternamente
Adverte a sintaxe crendeuspai
Bala de prata não mata, distrai
Complexo dipirona inverso vampirôniclésio
Nosferatu sentindo demais
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8. |
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Wish I had the blueprint for processing pain
But most of the cinema got under my eyes
The causes of cynical laws, they won’t let me do the Cha-Cha The
salsa under the moonlight
And now tell me how naive they are
For embracing a battle armed with nothing but sharp-words and teeth That
look like they spent the night hovering Mulholland Drive With a pair of
parasites
Gazing at glazing stars that represents the downfall of a nation Of a
nature
Of splendid fornication
Their applauded rehab for addicted brain salami For
the mask of tele-phony
Don’t ask if I have courage to tell them
The secret line
That they are free
They’re free
They’re free
Impossible to hide unless you got chains on your own mind
Intertangled sanity
Disguised as fun TV
Or cell phones made of me
Of me
Of me
Of me
Wish I had the blueprint for processing pain
But most of the clinical lies denies
The causes of cynical laws, they won’t let me do the Cha-Cha The
salsa
Under the moonlight
Wish I had more ketchup for this perfect insane
Reality that eats us with mayonnaise pride
disgusting, obnoxious, it’s all fake
We’re eating pasta with salsa made of sore eyes
Made of our pride
Maybe next time we have more clarity
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9. |
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A poem by Hernán Gustavo.
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Seloki Records São Paulo, Brazil
label from Brazil.
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